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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sumiço de carga de droga foi motivo de morte de modelo no RJ, diz polícia Policiais com ajuda de cães farejadores acharam ossos e uma sandália. Perícia poderá dizer se ossos são de modelo desaparecida na favela.


O sumiço de uma carga de haxixe no valor de R$ 30 mil foi o motivo da morte de uma modelo de 20 anos e de uma amiga dela na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. As duas jovens eram dadas como desaparecidas desde o dia 9 de maio. As informações são do delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore.
Segundo Ettore, a carga pertencia a um traficante de drogas do Morro de São Carlos, no Estácio, na Zona Norte do Rio. O local, antes de ser pacificado, era controlado pela mesma facção criminosa que comanda o tráfico na Rocinha, na Zona Sul.
Cerca de 130 de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios (DH), com ajuda de cães farejadores, encontraram três ossos durante a operação na comunidade nesta quarta-feira (29). Os agentes foram à favela para fazer buscas pelo corpo da modelo e da amiga dela. O material será encaminhado para análise no Instituto Médico Legal. Também foram achados no local no alto da favela uma sandália feminina, pneus queimados e um local aparentemente usado para queimar inimigos, conhecido como "micro-ondas”.
"O laudo vai apontar se os ossos são humanos e se pertencem a homem ou mulher. Posteriormente, se for uma ossada feminina, vamos tentar identificar através de material genético se é da modelo desaparecida. Esse laudo só fica pronto em, no mínimo 30 dias", disse ele.
Ainda de acordo com a polícia, os traficantes não ficaram satisfeitos com a versão da modelo para o sumiço da droga. Ela teria dito não saber como a droga sumiu da casa dela, na favela. Cinco criminosos, incluindo Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha, esquartejaram as duas jovens e em seguida queimaram os corpos.
Cinco suspeitos
O delegado informou ainda que a polícia já pediu o mandado de prisão temporária para os cinco traficantes que participaram da execução das jovens. Eles vão responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa, além de ocultação de cadáver.
Ettore afirmou ainda que as investigações apontaram que a modelo trabalhava com frequência para o tráfico como "mula", pessoa que faz o transporte da droga. Segundo a polícia, a amiga da modelo que também foi assassinada, já tinha passagem pela polícia por tráfico de droga.
A modelo teria tido um relacionamento amoroso com um dos traficantes que participaram da execução dela. De acordo com a polícia, ela dividia uma casa na Rocinha com a amiga também assassinada. Os pais da modelo e a filha dela de 2 anos moravam numa casa na Vila Canoas, também em São Conrado.
O trabalho da polícia vai se concentrar na captura dos cinco criminosos. Durante as investigações, a polícia quebrou o sigilo telefônico da jovem. Ela foi vista pela última vez numa estrada na Vila Canoas, em São Conrado.

Jovem cai de escada rolante após show


Shane O'Malley havia acabado de assistir a um show em Massachusetts (EUA) quando, ao subir brincando uma escada rolante com um amigo, a noite não terminou bem. Perto do topo, o jovem de 18 anos se desequilibrou e sofreu uma terrível queda de mais de seis metros. 

Por sorte, Shane saiu do acidente apenas com um cotovelo quebrado e algumas escoriações. Shane admitiu estar embriagado e ter sido irresponsável.

"Eu disse a ele o quão sortudo foi, mas ele não se lembra muito bem da queda", disse o pai.

Japão recomenda evacuação de mais de 100 famílias em Fukushima Recomendação atinge 113 famílias em Date, a 60 km de usina acidentada. Radiação em residências superava limite anual, segundo governo japonês.


O governo do Japão recomendou nesta quinta-feira (30) a mais de cem famílias de quatro localidades da província de Fukushima (nordeste) que evacuem o local perante os elevados níveis de radioatividade na região, informou a agência local "Kyodo".
As autoridades fizeram a recomendação a um total de 113 famílias da zona de Date, 60 km a noroeste da usina de Fukushima Daiichi, que foi afetada pelo terromoto seguido de tsunami de 11 de março. Segundo o governo, nas imediações das residências a radiação superava o limite anual de 20 milisievert (msv).
A recomendação desta quinta-feira é a primeira transmitida após a fase inicial de elaboração de um mapa de "pontos quentes" em Fukushima, que identifica os lugares habitados onde a radioatividade é especialmente elevada.
As famílias que seguirem o conselho terão ajuda do governo para transporte e acomodação, principalmente as mulheres grávidas e as crianças, considerados os mais vulneráveis perante a radioatividade.
Pouco depois do acidente nuclear, o governo japonês ordenou a evacuação de cerca de 80 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros em torno da usina, e recomendou àqueles entre 20 e 30 quilômetros que deixassem a área.
RefrigeraçãoA difícil situação na central de Fukushima Daiichi, onde continuam os esforços para restaurar a refrigeração dos reatores, aumentou a preocupação pela saúde dos residentes na região.
Uma ONG francesa denunciou nesta quinta-feira que se encontraram restos de material radioativo na urina de dezenas de crianças da cidade de Fukushima, capital da província do mesmo nome, o que aponta à possibilidade que tenham estado expostos a radiação interna.
Segundo as análises, a quantidade mais elevada de césio-134 teria sido identificada na urina de uma menina de 8 anos, que apresentou um nível de 1,13 becquereles por litro, indicou "Kyodo".
O porta-voz do governo, Yukio Edano, assinalou que as autoridades examinarão essas análises e realizarão outras similares entre a população da região.
VALE ESTE MAGNITUDE REVISADO - Entenda o terremoto no Japão (Foto: Arte/G1)

Após assassinato de estudante, crimes na USP caem 60% Felipe Ramos de Paiva foi morto em maio em estacionamento no campus. Assaltos caíram de sete para dois e os furtos, de 46 para 28.


Jovem que confessou morte de estudante da USP (Foto: Carolina Iskandarian/G1)Jovem que confessou morte de estudante da USP
(Foto: Carolina Iskandarian/G1)
Quarenta dias após o assassinato de um aluno da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), o número de crimes no campus da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, Zona Oeste da capital, caiu cerca de 60%, segundo estatísticas da Polícia Militar.
De acordo com a corporação, desde 18 de maio, dia em que o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi morto a tiros, houve intensificação do policiamento na Cidade Universitária. Um dos dois suspeitos do crime foi preso.
Ao se comparar os 40 dias anteriores ao assassinato com o mesmo período após o crime, verifica-se que os assaltos caíram de sete para dois, os furtos de 46 para 28 (na maioria no interior das faculdades) e roubo e furtos de carro de 21 para zero. Não foram registrados sequestros -antes, havia sido computado um caso.
Além de comemorar os bons resultados, o major William Evaristo Wenceslau, subcomandante do 16º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da USP, já fala em "quebra de tabu" sobre a histórica aversão à presença de policiais militares no campus. "Pelo menos de boa parte da comunidade acadêmica", acrescentou.
O "termômetro" usado pelo oficial para medir essa aceitação são os chamados que os policiais têm recebido. "Anteriormente, éramos acionados para intervir depois que os delitos já haviam ocorrido. Agora, são frequentes as ligações de estudantes, professores e funcionários que, ao observar pessoas em atitudes suspeitas, nos procuram para fazermos averiguações", afirmou.
Um carro e oito motos da corporação circulam na Cidade Universitária das 6h às 23h30 diariamente. Quem estuda ou trabalha na USP já se sente mais seguro com os policiais mais próximos.
Crime
O estudante Paiva foi baleado após reagir a uma tentativa de assalto. Dois criminosos o abordaram no estacionamento da FEA e exigiram que desse seu carro. O jovem, então, golpeou um dos assaltantes, mas acabou atingido na cabeça.
Semanas após a morte, Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, se entregou à polícia. Ele disse que foi assaltar “por necessidade”. “Meu filho estava com falta de leite, de fralda. Eu me arrependo”, afirmou, na ocasião. Ele negou, porém, ter atirado no aluno. Santiago não revelou o nome do homem que estava com ele.
À época, por não ter antecedentes criminais, ter residência fixa e não haver flagrante, o suspeito não ficou detido. A detenção só veio após a Justiça decretar sua prisão preventiva. Ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) da Vila Independência, na Zona Leste da cidade. O segundo participante do crime não foi preso.

Manifestação termina em confronto na região da Rua 25 de Março Lojistas de shopping protestavam contra operação da Prefeitura de SP. GCM utilizou bombas de efeito moral em confronto na Rua Barão de Duprat.


Protesto realizado na manhã desta quinta-feira em SP (Foto: Robert Santos Correa de Moraes/VC no G1)Protesto realizado na manhã desta quinta-feira em SP (Foto: Robert Santos Correa de Moraes/VC no G1)
Uma manifestação de lojistas do Shopping Mundo Oriental terminou em confronto na manhã desta quinta-feira (30) na região da Rua 25 de Março, no Centro da capital paulista, segundo a assessoria da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
Os guardas utilizaram bombas de efeito moral para dispersar o protesto na Rua Barão de Duprat. Por sua vez, os manifestantes chegaram a bloquear totalmente a Avenida Senador Queirós com pedaços de papelão e madeira incendiados. Equipes do Corpo de Bombeiros apagaram o fogo e o trânsito às 11h40 havia sido liberado. Apesar disso, havia lentidão na região.
O protesto, que contou com a participação de cerca de 400 pessoas, segundo a GCM, era contra a restrição da entrada dos lojistas feita no shopping pelo Gabinete de Segurança e pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana. O estabelecimento foi fechado novamente nesta quarta-feira (29) durante operação de combate à pirataria.
Elon Gonçalves, representante dos vendedores do Shopping Mundo Oriental, disse que os comerciantes estão cansados das operações. “Anteontem [terça-feira] vieram para fechar duas lojas e fecharam tudo. Ontem aconteceu de novo”, reclamou. Ele afirma que, assim como ele, diversos lojistas do centro comercial estão em situação regular. “Eles têm que vistoriar quem está errado. Não é justo fechar tudo por causa deles”, disse a também comerciante Cristiane Couto.
Bombeiros apagam o fogo em avenida (Foto: Glauco Araújo/G1)Bombeiros apagam o fogo em avenida (Foto:
Glauco Araújo/G1)
A comerciante Paula dos Santos, de 37 anos, grávida de 6 meses, se assustou com a confusão. "Cheguei para trabalhar e a GCM já estava na porta. Tive medo de entrar em minha loja por causa do bebê. Eles, quando chegam aqui, não querer saber se tem idoso, criança ou mulher grávida. Chegam batendo, jogando bomba."
Segundo o advogado Enderson Blanco Souza, que defende os comerciantes do shopping, a GCM não tinha autorização para entrar. Ele afirmou que os guardas apresentaran um decreto municipal dizendo que autorizaria a operação. “Só que esse documento só vale se eles estiverem integrando uma operação como força-tarefa, com integrantes da Receita Federal e da Polícia Federal.” O defensor acrescentou que nenhum fiscal federal e nenhum policial federal esteve na operação. “A Guarda só pode entrar em prédio particular se tiver ordem judicial, o que não é o caso desses três dias de operação."
O inspetor Marcos Ferreira, da GCM, rebate as acusações. “Temos documentação para a operação. Temos um decreto municipal que nos garante a legitimidade do trabalho de hoje. Estamos combatendo a pirataria."
Truculência
O secretário da Segurança Urbana, Edsom Ortega, nega que a GCM tenha atuado com truculência. “O que há é a reação de quem comete crime e quer continuar a cometer crime.” Em entrevista ao SPTV, ele acrescentou que a Prefeitura já havia tentado conscientizar os vendedores a respeito do comércio irregular. “Foi feito trabalho educativo e mesmo assim eles insistem em vender mercadoria contrabandeada e até roubada.”
Após o confronto, policiais militares chegaram e afastaram os manifestantes dos guardas-civis. Não há informações sobre feridos ou presos no confronto desta manhã. Com a presença da PM, a situação estava mais calma na região por volta das 11h40. Mesmo assim os comerciantes de lojas vizinhas não voltaram a abrir suas portas com medo de vandalismo.

A Prefeitura informou nesta quarta-feira que havia fechado quatro estabelecimentos durante a operação - dois na região da 25 de Março e dois na região da Avenida Paulista. E anunciou que eles permaneceriam sob rigorosa fiscalização nos próximos dias em todas as lojas e documentação.
Guardas-civis posicionados na região da Rua 25 de Março (Foto: Glauco Araújo/G1)Guardas-civis posicionados na região da Rua 25 de Março (Foto: Glauco Araújo/G1)

Corpo de operário é localizado após desabamento no Centro de SP Acidente aconteceu na Avenida Lins de Vasconcelos nesta quinta-feira. Dois bombeiros ficaram feridos durante o atendimento da ocorrência.


O corpo do operário Paulo Henrique Francisco dos Santos, de 16 anos, foi localizado no início da tarde desta quinta-feira (30) na obra de uma casa que desabou por volta das 10h na Avenida Lins de Vasconcelos, no Cambuci, na região Central de São Paulo, segundo os bombeiros. O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, Jair Paca de Lima, confirmou a localização da vítima.
O corpo do jovem foi resgatado por volta das 13h e encaminhado ao necrotério do Hospital Cruz Azul, da Polícia Militar. Dois bombeiros que atendiam a ocorrência ficaram feridos e foram socorridos para o Hospital da Polícia Militar e para o Hospital das Clínicas, ainda segundo a corporação.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Luiz Humberto Navarro, disse que houve um segundo desabamento enquanto os bombeiros procuravam o operário soterrado, ferindo os dois.
Desabamento na Avenida Lins de Vasconcelos nesta manhã (Foto: Caroline Hasselmann/G1)Desabamento na Avenida Lins de Vasconcelos
nesta manhã (Foto: Caroline Hasselmann/G1)
Acidente
Navarro disse que os operários estavam trabalhando na obra quando houve um primeiro desabamento. Apenas um não conseguiu sair. Quando os dois bombeiros foram fazer o resgate do operário, a parte da frente da obra desabou também e os atingiu.
Um dos operários sobreviventes, Athos Francisco, era irmão da vítima. Segundo ele, o acidente que matou Paulo Henrique foi muito rápido. “Caiu de uma vez, ninguém viu”, contou.
Obra irregular
De acordo com Jair Paca de Lima, as informações obtidas na Subprefeitura da Sé são de que obra é irregular. Ele afirmou que a construção não preenchia os requisitos de documentos necessários.
Navarro afirmou que o Corpo de Bombeiros vai montar uma operação na obra para deixar o local seguro durante a tarde desta quinta. Segundo ele, apenas o proprietário do imóvel pode aprovar a demolição do sobrado. Um homem que se identificou como advogado dos responsáveis pela obra não quis falar com os jornalistas que aguardavam no local do acidente e disse, por volta das 13h30, que seguia para a delegacia para saber detalhes do caso.
Parte de cima da casa desabou no Centro de SP (Foto: Reprodução/TV Globo)Parte de cima da casa desabou no Centro de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Ladrões explodem caixa eletrônico e destroem parte de agência bancária Crime ocorreu na madrugada desta quinta (30) em Bocaiúva do Sul (PR). Banco não fala sobre o roubo e não informa valores.


Agência da Caixa Econômica Federal, de Bocaiúva do Sul (PR), ficou parcialmente destruída (Foto: Marcelo Lopes/Portal Banda B)Agência do Banco do Brasil, de Bocaiúva do Sul (PR), ficou parcialmente destruída (Foto: Marcelo Lopes/Portal Banda B)
Uma agência bancária foi assaltada na madrugada desta quinta-feira (30), no município de Bocaiúva do Sul, Região Metropolitana de Curitiba. Os ladrões explodiram um caixa eletrônico, e destruíram parte da agência.
O roubo ocorreu por volta das 03h40. Até as 11h, a polícia não tinha conhecimento de quantos suspeitos participaram da ação.
A assessoria de comunicação informou que o banco não se pronunciará oficialmente sobre o roubo, e que os valores não serão informados por motivos de segurança. O caso será investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.
 

Restaurante que vendeu salgado com barata é condenado no Rio Cliente achou inseto dentro de um pastel de forno. Estabelecimento informou que vai recorrer e que caso foi um fato isolado.

A Justiça do Rio condenou o restaurante Golositá a pagar R$ 5 mil de indenização, por dano moral, a uma cliente que encontrou uma barata dentro de um salgado. O estabelecimento fica no prédio do Fórum do Tribunal de Justiça do Rio, no Centro. Segundo a assessoria TJ-RJ, as partes podem recorrer. A decisão foi divulgada na quarta-feira (29).

Procurada pelo G1, a chefe de cozinha e filha do dono do restaurante, Marcela Vasconcelos, informou que vai recorrer da sentença. De acordo com Marcela, o caso foi um fato isolado. “Explicamos para a cliente que fazemos dedetização de mês em mês, e se for necessário até de 15 em 15 dias. Explicamos que também temos uma nutricionista e que seguimos todos os procedimentos impostos pela Vigilância Sanitária e que nunca havíamos tido esse tipo de problema por aqui”, se defendeu.

No processo de 2010, a cliente conta que encontrou o inseto dentro de um pastel de forno e chegou a reclamar com o responsável pelo estabelecimento, mas não houve solução.  Foi, então, que ela decidiu fazer um registro na Delegacia do Consumidor (Decon).

Essa versão, no entanto, é desmentida pela chefe de cozinha. De acordo com Marcela Vasconcelos, o estabelecimento se desculpou pelo incidente. “Falamos que íamos devolver o dinheiro e oferecemos até uma cortesia. Ela falou que não era suficiente”, disse.

Ainda de acordo com o TJ, um exame feito pelo Instituo Carlos Ébole no salgado apontou que o produto estava impróprio para consumo e que havia vestígios do inseto na massa.

Juíza considera acidente de consumo
Para a juíza Márcia de Andrade Pumar, do 27º Juizado Especial Cível da Capital, houve um acidente de consumo. Segundo ela, só há exclusão do nexo causal e da responsabilidade do fornecedor quando há prova de que não colocou o produto defeituoso no mercado ou que houve culpa do consumidor.

“Restou configurado o dano moral indenizável, ante a frustração da legítima expectativa da parte autora em consumir o produto com as condições de higiene que dele se esperava. Inegável a sensação de nojo e repugnância a que foi exposta à cliente, que já havia iniciado o consumo do alimento quando se deparou com o inseto nele incrustado, expondo sua saúde a perigo, o que é passível de gerar abalo psíquico e consternações que ultrapassam o mero aborrecimento”, afirmou a juíza.
 

Barrado em índice de obesidade vai à Justiça para ser bombeiro em MS Leonardo foi reprovado no teste que mede o Índice de Massa Corporal (IMC). Depois de obter uma liminar, ele aguarda o julgamento do Tribunal de Justiça.


Candidato 'gordo' entra na Justiça para ser bombeiro (Foto: Ricardo Campos Jr/G1MS)Sonho de Leonardo agora depende do TJMS
(Foto: Ricardo Campos Jr/G1MS)
O vendedor Leonardo Rodrigues Oliveira, de 29 anos, sempre teve um sonho: de um dia poder trabalhar como bombeiro. Mas para tornar o sonho realidade ele teve de recorrer à Justiça. Leonardo foi reprovado por ter Índice de Massa Corporal (IMC) sete pontos acima do exigido no concurso, que era 28. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado.
Com 1,78 m de altura e pesando 110 kg na época dos exames, Leonardo não se considera gordo. Mas após os exames afirma que ficou preocupado. "Fiquei com esse negócio na cabeça e por causa disso me senti gordo”, desabafa o vendedor.
Para participar do processo seletivo que saiu em 2009, Oliveira conta que deixou o emprego para se preparar. “Meu sonho é ser bombeiro. Foram três meses estudando direto e me preparando para a prova física uns cinco meses”, conta o candidato.
Ele relata que passou pelos testes escrito e psicológico normalmente. O problema surgiu no exame de saúde. O vendedor conta que foram exigidos aproximadamente 20 exames a todos os candidatos, todos por conta dos inscritos, que deveriam entregar os laudos dentro de um prazo de 20 dias. “Era o dia inteiro fazendo exames. Uma correria total”, resume Oliveira.
“Eles conferiram na hora o resultado dos exames e foi aí que fizeram a medição do IMC. O mínimo era 28 e eu tinha 35. Eles me disseram 'você está fora'. Foi aí que o desespero tomou conta”, afirma Oliveira.
O vendedor sempre foi acostumado a frequentar academias e tem grande massa muscular. Sentindo-se injustiçado, procurou um advogado e, com uma liminar obtida na Justiça, continuou no processo seletivo para provar que era capaz de atuar na profissão.
Outros testesA etapa seguinte, segundo ele, eram os testes de preparação física. Oliveira foi avaliado em testes de barra, apoio, abdominal, natação, corrida e força. Em todos eles, de acordo com o candidato, obteve aprovação e pontuação excelentes. “Fiz 12 barras quando o mínimo era uma. Cinquenta apoios quando o mínimo era cinco”, conta.
Depois de concluir e ser aprovado, aguarda o anúncio da convocação para, enfim, entrar para o Corpo de Bombeiros. Oliveira ficou em 164º lugar. Os 104 primeiros já foram chamados e se formaram bombeiros no final de 2010.  Os 87 remanascentes devem ser chamados ainda dentro do prazo de validade do concurso público.
Justiça
O advogado de Oliveira, Paulo Belarmino de Paula Júnior, explica ter entrado com mandado de segurança contra a Escola de Governo (Escolagov), órgão público responsável pela seleção. O estado chegou a recorrer e teve o recurso negado.
O mandado de segurança, que permitiu que Oliveira fizesse todas as etapas do processo seletivo, será julgado pela 3ª Turma Cível. Inicialmente, a audiência estava prevista para o último dia 20 de junho, mas, a pedido do relator do processo, foi remarcada para 18 de julho. Caso a decisão seja favorável ao candidato, o estado poderá recorrer novamente.
O advogado considerou inconstitucional a exclusão do candidato em função do IMC. “Esse parâmetro, na verdade, é inutilizado até mesmo pelos profissionais da saúde. Ele não mede o índice de massa corpórea”, explica o advogado.
UltrapassadoA nutricionista Andreia Gomes Martins João explica que o Índice de Massa Corporal é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Segundo ela, o resultado não aponta com precisão a existência de gordura no corpo.
“O IMC não consegue distinguir o que é massa magra, massa gorda, água e tecido ósseo. Ele não é um parâmetro muito bom para ser utilizado principalmente por bombeiros, que são homens ativos, que fazem atividades físicas intensas e têm massa magra maior”, explica Martins.
O cálculo da massa corporal por meio do IMC, na opinião da nutricionista, tornou-se popular por ser mais fácil, quando o método mais eficiente, chamado composição corporal, utiliza fórmulas e análise mais complexos. “A composição corporal separa todos os tipos de tecidos. È feita mediante medição de certas dobras do corpo”, resume Martins.