Polícia apreende mais de 100 kg de maconha na Rocinha Droga e armas estavam enterradas na comunidade, segundo a polícia. Motos roubadas que eram usadas como barricadas foram apreendidas.

Mais de 100 quilos da droga estavam enterrados na Rocinha, segundo a polícia (Foto: Mylène Neno/G1)

Cento e doze quilos de maconha foram encontrados por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), neste domingo (13), na Favela da Rocinha. A droga estava dividida em dezenas de tabletes, que estavam enterrados em uma localidade conhecida como Laborioux, no alto do morro. No mesmo local, foram encontradas 13 armas enterradas.

A apreensão foi feita após a ocupação das comunidades da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Cerca de três mil policiais participaram da ação realizada nesta madrugada.

Morteiros apreendidos na Rocinha neste domingo
(Foto: Mylène Neno/G1)

Ainda na Rocinha, os policiais apreenderam dez morteiros, sendo que quatro estavam carregados e prontos para utilização. A equipe antibomba foi chamada para analisar o material e constatou que os morteiros que não possuíam alto poder de destruição.

Foram apreendidas também 21 motos roubadas na Rocinha. "Ainda devem chegar mais uns três reboques com motos roubadas apreendidas na Rocinha, totalizando mais de 100 motos. Os criminosos tentam dificultar nosso trabalho, trocando placas, mas fizemos a verificação do chassis de todas elas e constatamos que são todas roubadas", afirmou o inspetor Vagner Batista.

As motos foram retiradas do local em um caminhão e levadas para a Delegacia de Roubos e Furtos. Muitas motocicletas foram utilizadas para fazer barricadas, segundo a polícia.

Já na Favela do Vidigal, policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) apreenderam diversas armas por volta das 11h30 deste domingo, no alto do morro, na localidade conhecida como Mata do Arvrão. O material foi apresentado no 23º BPM (Leblon), que serve de quartel-general da operação de ocupação da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Foram apreendidos um fuzil 556 M16; três pistolas; doze carregadores simples; dois carregadores alongados; uma granada; uma luneta; um radiotransmissor; um coldre; uma máquina de caça-níquel; e uma mochila com farta munição.

Operação
No total, cerca de 3 mil homens participaram da operação realizada durante a madrugada, que contou com apoio de 6 blindados da PM ("Caveirão"), 18 blindados da Marinha, 4 helicópteros da PM e outros 3 da Polícia Civil. Não houve confrontos. O coronel Pinheiro Neto, Chefe de Estado Maior Operacional da Polícia Militar, explicou que a missão de retomada foi iniciada às 4h e já havia sido cumprida por volta de 6h.

Rocinha
Localizada entre os bairros da Gávea e de São Conrado, a Rocinha tem, atualmente, 69,3 mil moradores, segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ocupam uma área de 864.052 m².

A comunidade tem 3 escolas e 3 creches municipais, 1 Ciep, 11 unidades de saúde, um centro de assistência social e duas praças .De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Rocinha é a região administrativa da cidade que tem a população com menor nível de escolaridade entre todas do município do Rio de Janeiro.

Correspondentes internacionais se surpreendem com tranquilidade na ocupação da Rocinha

A ocupação da favela mais famosa do Brasil atraiu a atenção da imprensa de todo o planeta. Diversas equipes internacionais estão na Rocinha para acompanhar os movimentos da força pacificadora. Devido ao histórico de confronto com traficantes no Rio, alguns profissionais se surpreenderam com a tranquilidade deste domingo.

Para o correspondente chinês da agência Xinhua, Fan Wang, fica a frustação de não ter visto um confronto entre a polícia e os traficantes. Ele esperava a emoção encontrada por companheiros que no ano passado participaram da cobertura da ocupação do Complexo do Alemão.

- Se não tem inimigo, não tem tiroteio. Eu acabei virando o centro das atenções sendo entrevistado por toda a imprensa brasileira - disse.

No caso dos correspondentes internacionais com mais tempo no Rio, a ocupação sem confrontos não surpreendeu. O produtor de televisão Emanuele Landi, de 56 anos, trabalha há 30 para a rede americana Univision cobrindo o Brasil. Ele acredita que o público estrangeiro, apesar de ver imagen, s fortes, como tanques entrando em favelas, sabe que a situação está mudando.

- As UPPs não estão aparecendo nas matérias apenas no momento da ocupação. Depois, fazemos outras matérias mostrando o que muda na vida dessas pessoas. O Rio é cada vez mais importante no cenário mundial. As informações não são superficiais - explicou Landi.

Bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro são hasteadas na Rocinha Policiais ocuparam a favela na manhã deste domingo (13). Rocinha é considerada a maior favela da América Latina.

Bandeiras são hasteadas na Rocinha (Foto: Carolina Lauriano/G1)

 As bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro foram hasteadas neste domingo (13) em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) , no local conhecido como " curva do S ", na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio.  É o símbolo da retomada da favela pelas forças públicas.

Policiais do Bope e moradores cantam o Hino Nacional (Foto: Carolina Lauriano/G1)

Policiais que participam da Operação Choque de Paz e moradores acompanharam o hasteamento.  A retomada da favela pelas forças de segurança começou por volta de 4h. Cerca de 3 mil homens participaram da operação, com helicópteros e veículos blindados.  Até o momento, não houve troca de tiros.

Na Rocinha, polícia encontra casa do traficante Nem Traficante foi preso no dia 10, tentando fugir da comunidade. Ele está preso em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio.

A polícia chegou na manhã deste domingo (13) até a casa do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico na Rocinha. O traficante foi preso no dia 10, tentando fugir da comunidade. Ele está preso em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio.

A casa fica no alto do morro, e tem piscina e churrasqueira. Da varanda da residência, o traficante conseguia observar toda a favela.
 

Casa do Nem tem piscina na varada (Foto: Alexandre Durão/G1)

A operação de ocupação da favela começou ainda na madrugada deste domingo (13). Ruas cheias de óleo, barricadas desmontadas, moradores curiosos, carcaças de motos roubadas abandonadas por traficantes, que não reagiram à operação de pacificação. Nenhum disparo foi feito.

Laje na casa do alto da favela da Rocinha (Foto: Alexandre Durão/G1)

Além da Rocinha, as comunidades Vidigal e Chácara do Céu também foram dominadas pela polícia durante a Operação Choque da Paz. Não houve confrontos. O coronel Pinheiro Neto, Chefe de Estado Maior Operacional da Polícia Militar, explicou que a operação foi iniciada às 4h. Por volta de 6h, segundo a polícia, missão de retomada havia sido cumprida.

Fachada da casa de Nem, na Rocinha (Foto: Alexandre Durão/G1)

No total, cerca de 3 mil homens participaram da ação, que contou com apoio de 6 blindados da PM ("Caveirão"), 18 blindados da Marinha, 4 helicópteros da PM e outros 3 da Polícia Civil.

Casa do Nem tem vista para quase toda a favela (Foto: Alexandre Durão/G1)

Armas e motocicletas roubadas foram apreendidas pelos policiais. Os veículos foram transportados em um caminhão para a Delegacia de Roubos e Furtos.

Duas irmãs são encontradas mortas em Mogi das Cruzes (SP) De acordo com a polícia, elas foram esfaqueadas na garganta. Pais contaram aos policiais que as moças receberam ameaças de morte.

Duas irmãs foram encontras mortas pelo pai dentro de casa por volta das 19h de sexta-feira (11) na Vila Oliveira, bairro nobre de Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo. Uma delas tinha 21 anos e era estagiária do fórum da cidade. A outra tinha apenas 16 anos.

De acordo com a polícia, elas foram esfaqueadas na garganta. Peritos encontraram sinais de estupro em pelo menos uma delas.

Um pintor que trabalhava na casa disse que lutou com os três criminosos que invadiram a residência. Ele estava ferido. Os pais contaram à polícia que as moças vinham recebendo ameaças de morte por telefone.

O enterro das jovens será às 16h30, no cemitério Parque das Oliveiras, em Mogi das Cruzes.

Operação 'Choque de Paz' na Rocinha irá bloquear acessos na madrugada Ação terá o apoio das polícias Civil, Militar, Rodoviária, Federal e Marinha. Autoestrada Lagoa-Barra, Niemeyer, estradas do Joá e Canoas fecharão.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou que os principais acessos às comunidades de Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na Zona Sul do Rio, serão bloqueados pela Polícia Militar, com apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego da Prefeitura (CET-Rio) e da Guarda Municipal, a partir das 2h30 de domingo (12). Serão fechadas a Autoestrada Lagoa-Barra (nos dois sentidos), Avenida Niemeyer, Estrada do Joá, Rua Marquês de São Vicente e a Estrada das Canoas.

Policiais dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque (BPChoque) começaram a preparar a operação neste sábado (12), que será leva o nome de “Choque de Paz”, para instalar nas localidades a 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio.

A ação terá apoio de unidades da Polícia Civil, e contará com helicópteros das duas polícias e veículos blindados da Marinha. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e efetivos da Polícia Federal também irão participar.

A PRF fará bloqueios também nas principais saídas do Rio de Janeiro e ações de inteligência em conjunto com a Polícia Federal para prender suspeitos. O Corpo de Bombeiros montará um hospital de campanha com seis leitos na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha e também terá três ambulâncias avançadas, que ficarão em frente à quadra.

“O efetivo e o número de bases operacionais da nova UPP serão definidos após reconhecimento do terreno pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP)”, diz a Secretaria de Segurança.

Empresas de ônibus foram orientadas
A Secretaria municipal de Transportes orientou os consórcios de empresas de ônibus que administram as linhas regulares que passam pela Rocinha e Vidigal para atender a população da forma mais segura possível, respeitando as regras estabelecidas pela Secretaria de Segurança nas áreas. As linhas com pontos dentro das comunidades deverão realizar o embarque e desembarque de passageiros, temporariamente, em local fora da área de bloqueio. Já no caso de linhas que operam em rotas que passam pelas áreas a serem ocupadas, os consórcios deverão planejar rotas alternativas.

Conforme a PM, desde o início de novembro foram realizadas ações na Rocinha para diminuir o poder defensivo e econômico da facção que atua na favela, “anular” lugar para refúgio dos traficantes e diminuir os riscos para policiais e os moradores das comunidades.

As Secretarias de Saúde do estado e do município colocarão equipes de plantão no fim da semana. O Hospital Miguel Couto será a principal unidade para atendimento de eventuais feridos. No heliponto da Lagoa Rodrigo de Freitas, um helicóptero aeromédico da Polícia Militar também ficará de prontidão.

Motorista que deixa SP reduz velocidade na Castello e na Imigrantes Via Anchieta é opção para quem quer chegar ao litoral paulista. Na Castello Branco, no sentido interior, lentidão chegava a 8 km.

Quem deixou São Paulo por volta das 10h30 deste sábado (12) reduzia a velocidade em alguns trechos das rodovias dos Imigrantes, Régis Bittencourt, Presidente Dutra e Castello Branco. Para ir ao litoral, a Ecovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, recomenda a utilização da Via Anchieta, que não registrava nenhum ponto de lentidão em toda extensão.

A Rodovia Imigrantes, no sentido litoral, permanecia congestionada do km 50 ao km 58, no trecho de serra, devido ao excesso de veículos. O motorista encontra congestionamento também na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, sentido Praia Grande, do km 275 ao Km 276 e tráfego lento do km 277 ao km 292. Na Cônego Domênico Rangoni, sentido Guarujá, a lentidão permanecia entre o km 271 e km 268.

A Rodovia Castello Branco, no sentido interior, registrava 8 km de lentidão, do km 18 ao km 26, por excesso de veículos. Em direção à capital paulista, o trânsito era normal. Não havia registros de acidentes.

Na rodovia Régis Bittencourt, a lentidão que chegou a 24 km por volta das 8h30 caiu para 6 km às 10h30. O congestionamento se estendia do km 331 ao km 337, na região de Miracatu.

Na Rodovia Presidente Dutra, o excesso de veículos provocava lentidão em São José dos Campos, entre o km 151 e o km 147, em Caçapava, do km 123 ao km 117, e em Taubaté, do km 115 ao km 111.

Pela Rodovia Carvalho Pinto, no sentido Interior, o motorista encontrava lentidão do km 74 ao 90, na região entre Jacareí e São José dos Campos, e do km 127 ao 130, na região de Taubaté, ambos devido ao excesso de veículos.

O excesso de veículos também provocava congestionamento na rodovia dos Bandeirantes, no sentido interior, do km 48 ao km 52, na região de Jundiaí. Na Anhanguera, a lentidão ia do km 57 ao km 60, segundo a Autoban, concessionária que administra o sistema Anhanguera-Bandeirantes.
Na Rodovia Raposo Tavares, a situação era tranquila.