
Mosquitos transgênicos no laboratório // Divulgação
Cerca de 33 mil mosquitos transgênicos machos são soltos por semana na cidade. Os pesquisadores não trabalham com as fêmeas no ambiente porque são elas que transmitem a dengue. Eles esperam que os machos copulem e transmitam seus genes para os descendentes, que deverão morrer antes de atingirem a fase adulta. Aparentemente, o estudo teve bons resultados até agora. “Marcamos nossos mosquitos com proteína fluorescente e conseguimos coletar suas larvas transgênicas no ambiente”, diz Danilo Carvalho, coordenador do projeto em Juazeiro.
Para Margareth, o combate à dengue com os mosquitos transgênicos é uma opção vantajosa porque não são tóxicos como inseticidas, que agridem o ambiente e logo encontram resistência dos mosquitos. “Não elimina as técnicas usadas hoje, mas é bastante promissora”, diz.

Pesquisadores liberam os mosquitos macho no ambiente // Divulgação
A próxima fase da pesquisa irá colocar 10 vezes mais mosquitos transgênicos no ambiente do que selvagens. “Serão cerca de 100 mil mosquitos soltos por semana”, diz a pesquisadora. Depois de 7 dias, eles morrem. Os responsáveis pelo projeto, que conta com o apoio de entidades de pesquisa, vai buscar verba com o governo da Bahia para estender a ação para mais regiões do estado.
Um detalhe, caso você esteja se perguntando como o mosquito criado em laboratório não morre, se ele tem o gene que não deixa as larvas chegarem na fase adulta, o coordenador, Danilo Carvalho, explica: Esse gene tem letalidade condicional, em laboratório criamos mosquitos com um antibiótico que não deixa ele agir. Na natureza não temos essa alternativa.
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