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sábado, 30 de julho de 2011

Atirador da Noruega tinha vários outros alvos, afirma promotor Palácio Real e sede do Partido Trabalhista estariam na mira, disse jornal. Ataques do terrorista de extrema-direita mataram 77 na região de Oslo.


O terrorista de extrema-direita Anders Behring Breivik, autor confesso dos ataques a bomba e a tiros de 22 julho que deixaram 77 mortos na região de Oslo, capital da Noruega, afirmou durante interrogatório na véspera que tinha vários outros alvos, anunciou neste sábado (30) o promotor Paal-Fredrik Hjort Kraby.
Mas o promotor Hjort Krtaby negou-se a confirmar uma notícia veiculada na imprensa local de que o Palácio Real da Noruega e a sede do Partido Trabalhista, do governo, estariam entre os alvos do terrorista, que segue preso provisoriamente durante as investigações.
Mulher presta homenagem diante de túmulo de uma das vítimas do atirador, neste sábado (30), em cemitério em Nesodden, perto de Oslo (Foto: Reuters)Mulher presta homenagem diante de túmulo de uma das vítimas do atirador, neste sábado (30), em cemitério em Nesodden, perto de Oslo (Foto: Reuters)

Segundo a edição do jornal popular "Verdens Gang" deste sábado, o Palácio Real da Noruega e a sede do Partido Trabalhista também figuraravam na lista dos objetivos de Breivik.
"Durante seu interrogatório, disse que planejava atacar outros objetivos, mas que, em 22 de julho, só tinha a sede do governo e a ilha de Utoya", teria afirmado o promotor ao jornal.
Segundo a publicação, o Palácio Real era um dos objetivos devido a seu valor simbólico, e a sede do Partido no poder estaria na mira do extremista por seu papel na instauração de uma "sociedade multicultural".
"Não desejo comentar a quantidade ou natureza dos objetivos que tinha em mente. São objetivos evidentes para um terrorista e a ideia era atingir o governo ", acrescentou Hjort Kraby.
Ainda segundo o jornal, que não revela suas fontes, os investigadores acreditam que Breivik teve dificuldade em fabricar explosivos, fora a bomba que ele admite ter detonado no bairro dos ministérios, no centro de Oslo.
Citado na sexta-feira pela imprensa, o advogado de defesa de Breivik, Geir Lippestad, confirmou que seu cliente tinha outros alvos em mente.
"Ele tinha vários projetos de diferente envergadura naquela sexta-feira. Ocorreram coisas naquele dia, que não quero abordar, que fizeram com que as coisas transcorressem de maneira diferente do que ele havia previsto", acrescentou.
polícia, por sua parte, afirmou ter reforçado as medidas de segurança em torno dos principais prédios institucionais.
"Temos por norma não explicar as medidas adotadas, mas a segurança das instituições está assegurada", afirmou uma porta-voz da polícia, Carol Sandby.
As forças de ordem inspecionaram potenciais objetivos de ataques, mas não detectaram nada suspeito, informou outro porta-voz da polícia, Johan Frederiksen.
Um relatório publicado na noite de sexta-feira pelos serviços de inteligência da polícia, a PST, confirmou que não houve motivos para elevar o nível de segurança na Noruega devido ao caráter "único" da matança de 22 de julho.
O país, que continua abalado, enterrou na sexta-feira as primeiras vítimas da tragédia.
O registro oficial foi revisado para 77 mortos, número que inclui a morte de um ferido que não tinha sido anunciada até então.
Para determinar se pode ser submetido à Justiça, Behring Breivik será examinado por dois psiquiatras que começarão seu trabalho em uma semana e que deverão apresentar suas conclusões "até o dia 1º de novembro", declarou o procurador da polícia, Paal-Fredrik Hjort Kraby.
Nesta semana, o advogado de Breivik, Geir Lippestad, considerou que "todo este caso sugere que ele é insano".
Colocado em detenção provisória em uma prisão de segurança máxima, Behring Breivik foi interrogado pela segunda vez nesta sexta-feira na sede da polícia de Oslo, aonde ele chegou em um carro blindado com os vidros cobertos de plástico para protegê-lo das lentes das câmeras.
Para os investigadores, é cada vez mais provável que ele tenha agido sozinho como ele mesmo afirmou, embora tenha mencionado a existência de "duas outras células na Noruega" e "várias células no exterior".
Em uma entrevista concedida esta semana à AFP, a diretora do PST, Janne Kristiansen, o taxou de "lobo solitário".

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