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sábado, 21 de maio de 2011

Termina reconstituição de crime em motel de Niterói Jovem que confessou ter matado empresário participou da simulação. Irmã da vítima acredita que o motivo do crime tenha sido ciúmes.


Terminou por volta das 16h30 deste sábado (21) a reconstituição da morte do empresário Fábio Gabriel Rodrigues num motel em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Verônica Verone, de 18 anos, que confessou ter matado o empresário, participou da simulação, que durou cerca de quatro horas e meia. A polícia isolou o motel com uma fita. A irmã da vítima também compareceu ao local.

Verônica Verone teve a prisão temporária renovada na quinta-feira (19) por mais 25 dias e segue presa em Bangu 7, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O laudo pericial do motel, onde o empresário de 33 anos foi encontrado morto, não revela sinais visíveis de estrangulamento. O laudo contraria a versão da jovem de 18 anos em depoimento à polícia, que confessou ter enforcado o empresário com um cinto.
Após a reconstituição, o advogado de Verônica Verone e os policiais responsáveis pelo caso deixaram o local sem falar com a imprensa. A acusada, que passou a noite na 77ª DP (Icaraí), por conta da simulação, foi levada sob escolta de volta para o presídio de Bangu 7. O advogado da jovem afirmou que Fábio teria tomado desinfetante horas antes de sair com sua cliente.
Irmã de vítima acredita que motivo foi ciúmes
A irmã de Fábio Gabriel Rodrigues, Rosemary Barroso, afirmou acreditar que o motivo do crime tenha sido ciúmes. Segundo ela, Verônica viu o empresário com outra mulher sete dias antes do crime: “Uma semana antes do assassinato ela viu ele passar de carro com outra menina e ela percebeu que ele não seria dela. Na verdade, eles nunca tiveram um relacionamento. Inclusive ela tinha outros homens em Itaipuaçu”, disse.
Para a família e os amigos da vítima, o relacionamento teve início em dezembro de 2010, quando Verônica teria feito uma ligação para a mulher de Fábio. Nas ameaças, de acordo com Rosemary, ela costumava dizer “não vai ser meu, não vai ser de mais ninguém”. “Ela conseguiu destruir o casamento dele. Ela pensou que ele fosse ficar com ela”, resumiu ela.

Verônica alegou que agiu em legítima defesa, após uma tentativa de estupro. Para a delegada Juliana Rattes, da 77ª DP (Icaraí), o laudo aponta para novas linhas de investigação. No entanto, a polícia aguarda a conclusão do laudo cadavérico para identificar a causa da morte.

Na quarta-feira (18), os policiais recolheram, na casa da acusada, um vidro de um produto de limpeza. O material foi levado para o IML para que seja feito um exame que indique se realmente houve uso da substância. No mesmo dia, os policiais ouviram a mãe da acusada, que chegou à delegacia com uma máscara hospitalar verde, cobrindo parte do rosto.
Carro de polícia em frente a motel em Niterói (Foto: Henrique Porto/G1)Carro de polícia em frente a motel em Niterói
(Foto: Henrique Porto/G1)
A delegada também pediu um exame toxicológico da vítima, já que a jovem disse que o empresário seria usuário de drogas. Em depoimento, amigos e parentes do empresário negaram as acusações da estudante. De acordo com a Polícia Civil, ainda não foi descartada a hipótese de envenenamento.

A Polícia Civil informou também que alguns dos exames pedidos poderão ficar prontos até o final da semana. Outras pessoas que conviviam com a estudante e o empresário serão chamadas para prestar depoimentos.
Imagens mostram carro de empresário no motelA polícia divulgou as imagens do circuito interno de segurança do motel. O vídeo mostra o carro da vítima entrando no motel, às 2h14 de sábado (14). Segundo a polícia, é um homem quem dirige. A saída do veículo é registrada quase as 6h30 de domingo (15). De acordo com a delegada Juliana Rattes, dessa vez, quem conduz o carro é a jovem.
Um funcionário do motel disse à polícia que o empresário dirigia o carro na chegada ao local, mas os investigadores ainda não descartaram a participação de uma terceira pessoa no crime. Em seus depoimentos, a jovem afirmou que mantinha um relacionamento com o empresário desde janeiro do ano passado, porém sem relações sexuais.
No entanto, parentes e amigos da vítima contaram à polícia que a jovem disse uma vez que estava grávida e o que o filho seria dele: “Só que o fato foi que posteriormente ela não apareceu grávida, então não se sabe, não há comprovação dessa gravidez. Ela nega que tenha feito aborto em qualquer momento da vida dela”, disse a delegada Juliana Rattes.

Polícia investiga terceiro envolvido no crime

Uma das hipóteses investigadas é que uma terceira pessoa tenha participado do crime. Durante o segundo depoimento na segunda-feira (16), a jovem revelou que estava namorando um homem do Rio de Janeiro há três meses. A polícia busca mais informações sobre ele.

O depoimento de Verônica durou sete horas. Segundo a polícia, ao falar novamente sobre o assassinato do empresário, ela caiu em várias contradições. “Quando ele empurra ela num primeiro momento, ele teria empurrado ela sobre a mesa. No segundo depoimento, ela narra que foi contra a porta de saída do quarto. São pequenos detalhes que mostram que ela não está muito certa do que ela está falando”, disse a delegada, na época.
Segundo informações da investigação, a jovem, após enforcar o empresário, teria tentado arrastar o corpo dele até a garagem do motel, mas não conseguiu.“Não descartamos essa possibilidade (de uma terceira pessoa) já que pelo laudo ele pesava 90 kg, e pela estatura dela, seria muito difícil conseguir arrastá-lo até a garagem”, explicou.

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